domingo, 7 de junho de 2009

aguia


Nome Comum: Águia-americana
Outros nomes: águia-de-cabeça-brança-americana; águia-careca
Nome em inglês: Bald Eagle, Fish Eagle, Sea Eagle
Nome científico: Haliaetus leucocephalus
FILO: Chordata
CLASSE: Aves
ORDEM: Falconiformes
FAMÍLIA: Accipitridae
Gênero: Haliaeetus
Comprimento: 78 cm
Envergadura: 1,8 m a 2,25 m
Peso: Acima de 4 kg
Asas: quadrangulares com extremidades penteoladas


Alimentação: animal oportunista, come presa viva ou carne putrefada. O peixe compõe a maior parte de sua dieta, mas também come pequenos mamíferos, pássaros e répteis.

Ninhada: de 1 a 4 ovos

Período de incubação: 35 dias. Ambos os pais chocam os ovos.

Habitat: vive principalmente perto do mar, de rios e lagos

Distribuição Geográfica: desde o Alasca e a parte ártica do Canadá até o golfo do México.

Status: AMEAÇADO

Plumagem: A águia-americana adulta é facilmente reconhecida pela cabeça, pescoço e cauda brancos. As águias mais novas têm acabeça e a cauda marrons. A plumagem branca só aparece quando a águia tem mais ou menos cinco anos de idade.

Bico: Como outras aves de rapina, possui um bico grande, curvo e afiado, que serve para dilacerar sua comida.

Comportamento: Elas formam casais permanentes e quando os filhotes conseguem voar e caçar sozinhos, são expulsos do ninho pelos pais que lhes negam alimento.

Pio: cacarejado chiado e áspero

outras informações:

É um símbolo ameaçado. Apesar de ser o símbolo nacional dos Estados Unidos, a águia-americana está ameaçada de desaparecer. A caça, o envenenamento por mercúrio e a destruição de seu habitat natural são as causas da sua ameaça de extinção na América do Norte. A águia Americana foi adotada como símbolo, pelo USA, no dia 20 de Junho de 1782,. quando o Congresso Americano estampou sua figura no grande Selo Oficial e hoje é estampada em todos os selos oficiais, incluindo o selo do Presidente dos Estados Unidos.

sábado, 6 de junho de 2009

harpia ou gavião real


Nome vulgar: HARPIA
Outro nome: Águia Real
Nome em Inglês: Harpy Eagle
Nome científico: Harpia harpyja
Classe: Aves
Ordem: Falconiformes
Família: Accipitridae
Distribuição: México, América Central, Brasil, Argentina e Colômbia.
Habitat: Florestas tropicais
Hábitos: É rápido e possante em suas investidas sendo capaz de levar para a árvore uma presa de grande porte
Longevidade: 40 anos
Maturidade: 6 anosÉpoca reprodutiva: Junho a Novembro
Gestação: Incubação: 30 dias
Nº de filhotes: 01


Alimentação na natureza: Animais de pequeno e médio porte (mamíferos e aves)
Alimentação em cativeiro: Carne, pequenos animais como pintos, ratos, etc.
Causas da extinção: Destruição de seu habitat, uma vez que necessita de grandes áreas para viver.
Também conhecida como gavião-real ou uiraçu-verdadeiro, a harpia é a ave de rapina mais poderosa do Brasil, com porte e força inigualáveis.
Esta ave da família Accipitridae possui asas largas e redondas, pernas curtas e grossas, e dedos extremamente fortes, com enormes garras, capazes até de levantar um carneiro do chão. Sua cabeça é cinza; o papo e a nuca, negros e o peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancos. A harpia possui, como principais características físicas, olhos pequenos, um longo topete, uma crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa.
Tem entre 50 a 90 centímetros de altura, uma envergadura de até 2 m e um peso variando entre 4 e 4,5 Kg quando macho e entre 6 e 9 Kg quando fêmea. Esta ave de rapina pode ser encontrada do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos.
Ela voa alternando rápidas batidas de asa com planeio. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos.
Sua alimentação é feita de animais de porte médio, como aves, macacos e preguiças, que são capturadas quando tomam sol nas copas das árvores, de manhã cedo.
Atualmente, a harpia encontra-se praticamente restrita à Floresta amazônica, devido à caça predatória do homem.



leao



NOME VULGAR: Leão (macho) Leoa (fêmea)

NOME CIENTÍFICO: Panthera leoREINO: Animal
FILO: Chordata

SUBFILO: Vertebrata

CLASSE: Mammalia (mamiferos)

SUBCLASSE: Theria

ORDEM: Carnívora

SUBGÊNERO: Leo

GÊNERO: Panthera

FAMÍLIA: Felidae

SUBFAMÍLIA: Feloidea

ESPÉCIE: Leo



Norte da Africa - Panthera Leo Leo (Leão-do-atlas). Extinto de 1922.

Zaire - Panthera Leo azandica


Angola - Panthera Leo bleyenberghi -(Leão-do-catanga). Muito ameaçado.

Africa do Sul - Panthera Leo krugeri

Leste da Africa - Panthera Leo nubica
Oeste da Africa - Panthera Leo senegalensis (Leão-do-senegal). Muito ameaçado.

Quênia e Tanzânia - Pahnthera leo masssaicus (Leão-dos-massais)- Protegido. é no entanto

caçado.

ÁSIA Floresta de Gir, India - Panthera Leo persica (Leão-da-índia) - Exemplares vivos: 200, na índia (reserva de Gir). A sua caça é proibida.

outros nomes:

Inglaterra e USA: African Lion (macho) lioness (fêmea)

França: lion d'Afrique

Alemanha: Löwe

Espanha: león

Amharic: Ethiopia - ambessa
Chichewa: Malawi - nkharam

Damara: Namibia - xamm


Hausa: zaki

Nepal: hiun chituwa


Ibo, Yoruba: Nigeria - odum, aja


Ju/hoan Bushman: Botswana, Namibia - n!hai


Kikuyu: Kenya - ngatia, muruthi


Lingala: África Ocidental - ngouambulu Luo: Kenya, Uganda - labwor Maasai, Samburu: Kenya, Tanzania: olugatany


Setswana: Botswana - tau


KiSwahili: simba


Somalia - aar, baranbarqo, libaax, gool, davar


DESCRIÇÃO: Macho: juba imponente. Pelame curto, de ocre-prateado a marrom escuro; ventre esbranquiçado

DIMENSÕES: macho: de 2,6 a 3,3 m; fêmea: de 2,4 a 2,7 m


CAUDA: 60 cm - 1 m de comprimento. A cauda do leão termina num tufo de pêlos negros, espessos, que ocultam uma excrescência córnea, em forma de esporão, com 6-12 mm de comprimento. Ao agitá-la, ele tenta afugentar as moscas, suas inimigas. Mas tais movimentos também podem significar raiva ou mau humor.

PESO: macho: 150-250 kg: fêmea: 120-185 kg


ALTURA DO QUARTO TRASEIRO: De 95 a 102 cm (macho) 85 cm (fêmea)


MANDÍBULAS: Munidas de maxilares pequenos e fortes e de dentes terríveis. Próprias para capturar presas. Munidas de caninos com cerca de 6 cm, de incisivos curtos e de ferozes dentes trífidos.


PATAS: Providas de almofadas plantares e de garras retrateis devido a um sistema de ligamentos.


JUBA: Por vezes muito luxuriante, dá a sensação de grande volume, mas sem aumento de peso. De cor clara, começa a crescer no jovem macho aos 2 anos. No fim de 5-6 anos, pode atingir 24 cm de comprimento. Com o passar dos anos começa a escurecer, principiando por trás, e varia do amarelo-claro ao preto, passando pelo vermelho e o marrom

RUGIDOS: Diz-se que o rugido do leão é o mais aterrador e o mais grandioso dos sons dos animais selvagens. Em condições favoráveis, este rugido, que se propaga em sons fortes, roucos e violentos, pode ser ouvido a 8-9 km de distância. O leão ruge mais freqüentemente ao anoitecer, para avisar aos outros que o território está ocupado.

FOCINHO: O focinho dos leões, tanto do macho como da fêmea, possui pêlos curtos brancos no queixo, na extremidade das mandíbulas e em torno dos olhos.

OLHOS: A cor da íris dos olhos passa do dourado ao castanho, consoante a idade e a luminosidade. Ao caçar, o leão utiliza mais a visão e a audição do que o sentido menos desenvolvido do olfato.

VELOCIDADE: o leão, devido a sua grande massa muscular, não ultrapassa os 58 km/h

PEITO: Musculoso, compacto e flexível

DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA: Espalhado por toda a África e reserva de Gir, na Índia. Desapareceu da Índia e da Ásia Menor, onde também existiu. HABITAT: savanas e regiões semidesérticas; até 3.000 m.

REGIME ALIMENTAR: carnívoro (predador e necrófago). É um dos maiores carnívoros; alimenta-se principalmente de zebras, veados, antílopes e girafas. Em média, uma fêmea precisa de 5 kg de carne por dia e um macho de 7 kg. Mas, na natureza, a caça tem um ritmo irregular e por vezes acontece deles ficarem sem comer durante dois ou três dias. Quando a caça é farta, são capazes de ingerir 20-30 kg de carne de uma só vez.

HABITOS: Tem hábitos crepusculares, caçando ao entardecer, de emboscada, perto dos rios e lagos.

ESTRUTURA SOCIAL: grupo comunitário com vários machos, não hierarquizado. Os machos lutam entre si para disputar a fêmea e vence o mais forte.

MATURIDADE SEXUAL: entre os 3-4 anos

DURAÇÃO DO CIO: 2 a 8 dias

ÉPOCA DE REPRODUÇÃO: todo o ano.

TEMPO DE GESTAÇÃO: 100-119 dias
Nº De CRIAS POR ANO: 1 ninhada por ano

RECÉM-NASCIDOS POR PARTO: 2-6, em geral 2-3

PESO AO NASCER: pesam cerca de 2 kg
CARACTERÍSTICA AO NASCER: nascem de olhos fechados. Os olhos abrem-se em torno do 10 ap 15º dia de vida e os dentes de leite nascem ao fim de três semanas. Só então eles começam a se mover automaticamente. Os dentes definitivos completam-se entre 9-12 meses.

AMAMENTAÇÂO: os filhotes são amamentados durante 6 meses.

LONGEVIDADE: em estado selvagem, cerca de 15 anos; em cativeiro, 30 anos
EXEMPLARES VIVOS: 200.000 na África, 200 na Índia (números aproximados - censo de 1997 - Enciclopédia Larousse)

EXEMPLARES NO BRASIL: 195 distribuídos nos zoológicos de todo o Brasil - veja o censo (1999) segundo a Base de Dados Tropical

REI DOS ANIMAIS: O leão é chamado de "Rei dos Animais" pois, além de sua aparência majestosa, é a fêmea quem caça, abastecendo o bando; ao macho cabe proteger o território defendendo suas crias e fêmeas.

ornitorrinco


O Ornitorrinco (nome científico: Ornithorhynchus anatinus, do grego: ornitho, ave + rhynchus, bico; e do latim: anati, pato + inus, semelhante a: "com bico de ave, semelhante a pato") é um mamífero semiaquático natural da Austrália e Tasmânia. É o único representante vivo da família Ornithorhynchidae, e a única (a) espécie do gênero Ornithorhynchus (b). Juntamente com as équidnas, formam o grupo dos monotremados, os únicos mamíferos ovíparos existentes. A espécie é monotípica.
O ornitorrinco possui hábito crepuscular e/ou noturno. Carnívoro, alimenta-se de insetos, vermes e crustáceos de água doce. Possui diversas adaptações para a vida em rios e lagoas, entre elas as membranas interdigitais, mais proeminentes nas patas dianteiras. É um animal ovíparo, cuja fêmea põe cerca de dois ovos, que incuba por aproximadamente dez dias num ninho especialmente construído. Os monotremados recém-eclodidos apresentam um dente similar ao das aves (um carúnculo), utilizado na abertura da casca; os adultos não possuem dentes. A fêmea não possui mamas, e o leite é diretamente lambido dos poros e sulcos abdominais. Esporões venenosos nas patas estão presentes nos machos e são utilizados principalmente para defesa territorial e contra predadores.
As características atípicas do ornitorrinco fizeram com que o primeiro espécime empalhado levado para Inglaterra fosse classificado pela comunidade científica como um embuste. Hoje, ele é um ícone nacional da Austrália, aparecendo como mascote em competições e eventos e em uma das faces da moeda de vinte centavos do dólar australiano. É uma espécie pouco ameaçada de extinção. Recentes pesquisas estão sequenciando o genoma do ornitorrinco e pesquisadores já descobriram vários genes que são compartilhados tanto com répteis como com as aves. Mas cerca de 82% do seus genes são compartilhados com outras espécies de mamíferos já sequenciadas, como o cachorro, a ratazana e o homem.

naja







Naja é um género de cobras da família Elapidae, natural do Sul da Ásia e da África. São conhecidas pelos nomes populares de cobra-capelo ou cobra-de-capelo. São animais peçonhentos, agressivos e bastante perigosos. Algumas espécies têm a capacidade de elevar grande parte do corpo e/ou de cuspir o veneno para se defender de predadores a distâncias de até dois metros. Outras espécies, como por exemplo a Naja tripudians, dilatam o pescoço quando o animal enraivece.
As najas são os animais tipicamente utilizados pelos célebres encantadores de cobras da Índia; no entanto elas apenas acompanham o movimentos da flauta, já que cobras não possuem audição.






naja anchietae:'Naja anchietae' é um tipo de naja é conhecido pelo seu capelo. Essa espécie de cobra possui um veneno potencialmente perigoso. Pode ser encontrada na Angola, Namíbia, Botsuana, Zimbábue e Zâmbia




naja ashei:A cobra cuspideira de Ashe ou cobra cuspideira gigante (nome comum em inglês: Ashe's spitting cobra, or large brown spitting cobra)[1] é uma espécie de Naja recentemente descrita.

dragão de komodo


O dragão-de-komodo ou crocodilo-da-terra (Varanus komodoensis) é uma espécie de lagarto que vive na ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia[2]. Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 2-3 metros de comprimento e 70 quilogramas de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo[3][4]. Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem[5]. Apesar dos dragões-de-komodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.
A época de reprodução começa entre maio e agosto, e os ovos são postos em setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, e a eclosão ocorre em abril, quando há abundância de insectos. Dragões-de-komodo juvenis são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.
Os dragões-de-komodo foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuilão contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.
O dragão-de-komodo é conhecido, para os nativos da ilha de Komodo, como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante)

surucucu ou pico de jaca


A maior cobra venenosa das Américas é também a grande protetora das plantações de cacau. E sem cacau, você sabe, não tem chocolate. É por essa e por muitas outras que a natureza é tão fascinante e o Brasil é o bicho!



Símbolo da medicina e da cura. Sinônimo de pavor para muitos. Para conhecer uma pequena parte da enorme diversidade de serpentes que o Brasil possui, só mesmo indo a um local como o Museu do Instituto Butantã, em São Paulo. E como é praticamente impossível conhecermos todas elas ao mesmo tempo, a série "O Brasil é o bicho!" escolheu uma: a surucucu pico-de-jaca.
O nome pode variar de região para região, como pico-de-jaca ou surucucu-de-fogo. Não importa – ela é a maior serpente venenosa das Américas.
"Deus me livre de andar de noite em roça. Ainda mais aqui, que tem muita", diz o agricultor Valter Ferreira.
"O bichão era grandão, dava uns 3,5 metros. Quando chegamos no meio da estrada, estava lá a surucucu grandona, medonha. E já veio jogando o bote em cima. Eu larguei minha mãe, larguei tudo", conta o jardineiro Joel dos Santos.
Assim como outra cobra perigosa, a cascavel, a surucucu avisa quando está se sentindo ameaçada. Em vez de um chocalho, ela tem um pequeno osso na ponta da cauda que bate na folhagem. Um aviso que gela qualquer trabalhador na região cacaueira da Bahia. "Eu ia passando e pisei em cima do bicho. Ele me 'mordeu' e logo começou a doer. A perna não foi mais para o chão", lembra o trabalhador rural Wilson Pereira.
O veneno da surucucu causa tantas reações assim por que é muito potente. Tem ação neurotóxica, ou seja, age sobre o sistema nervoso e também causa muita dor no local da picada.
Mesmo traumatizado com o encontro, ele ainda tem uma preocupação. "Eu tenho uma curiosidade: é preciso destruir essa tal pico-de-jaca?", pergunta Francisco, que já foi atacado.
Excelente pergunta! É claro que não tem nada que matar a surucucu. As cobras – venenosas ou não – não saem por aí atrás das pessoas. Esses encontros acontecem porque, na maioria das vezes, nós é que invadimos e destruímos a casa delas, que, no caso da surucucu, é a Amazônia e a Mata Atlântica.
"É muito ruim ver o que o homem está fazendo com a natureza. Porque se ele não desmatasse, ela teria sua casa e jamais iria agredir alguém", comenta a ecologista Marly de Lima.
Se o ser humano escolheu a serpente como símbolo da medicina, nós podemos afirmar também que as cobras escolheram um médico para protegê-las: Rodrigo de Souza.
"É um animal que eu acho magnífico. Enquanto eu puder, vou tentar evitar o abate indiscriminado que vem acontecendo", diz ele.
A paixão pelas cobras fez esse mineiro desenvolver uma campanha de educação ambiental no sul da Bahia.
"Eu não mato e nem deixo ninguém matar. Se eu vir, pego e dou para o doutor Rodrigo, porque ele cuida das cobras", conta o marceneiro Lindoval Mendes.
As surucucus que ele resgata vão para um criadouro na casa dele, com mais de 40 exemplares.
Para lidar com a surucucu, além de coragem, é preciso muito conhecimento.
"Ela tem dois tipos de bote: ou ela bate e solta, que é um bote defensivo, ou ela bate e segura, que é o bote alimentar. Quando ela segura, injeta dois mililitros de veneno. Três eu acho exagero. Já vimos acidente que foi simplesmente um arranhão e a pessoa ficou muito grave e muito rapidamente", conta o médico. O mais curioso é que se essa cobra tão venenosa desaparecer, um dos sabores mais populares do mundo corre perigo.